quarta-feira, 9 de abril de 2014

POR DENTRO

Se há poesia em mim
devo a uma revolução
ou melhor, uma rebelião interior

Como vai acabar?
Posso só afirmar:
é 
algo sem fim em mim...
Sigrid Spolzino
 

CONCLUSÃO


QUANDO AS CORTINAS FECHAREM

Quando me for
na medida do possível

deixarei anotado tudo que me valeu
Tenho algumas coleções

se minhas agora suas
se desejar guarde
Mas, quer saber?
Doe!
Ah, minhas lembranças
... como tenho lembranças
em tudo, sombras, marcas presentes
Não estive sozinha, éramos nós
Se fosse você ia viver, esquecia
Mas, não sou!
Em miúdos devo dizer, dê
o que for meu, por favor, 
Se doer o peito, chore
Se aparecer um novo amor
Aceite, descubra, viva e ame! 
Meus poemas...
Se nunca leu, leia-os
Surpreenda-se!
Quanto a mim? Uma porta se abriu
e, fui... 
Por ora saiba
Amei as cegas e com asas
vezes não via, vezes não queria
Eis o porque das asas
vezes, sentia: me restava  voar
amar! 


Sigrid Spolzino
 
A FOLHEAR

Pensamentos folheados 
tom 
sugestivo divagado
prazer esquivar-me das palavras
Se pensar é o que basta
encontro-me tantos sentidos
abastecida

                             Sigrid Spolzino