segunda-feira, 5 de setembro de 2011

BORBOLETAR

Algumas verdades pairam sob mim
sonhos distantes a buscarem realidade
apego-me facil(mente)
Nada assim, tão impossível, mas afirmo
determinados momentos
aparente distância do razoável
Ainda posso ouví-la e, ela nem está mais por aqui:
- Filha, filha... vê se larga essa mania de voar por aí
o chão de tua vida está bem aqui, tão perto de ti!
...Ôôô, minha mãe!
Por mais que soubesse desse chão
meus pés preferiam nuvens, brisas nas alturas
Um bálsamo quanto menos, os pés sentia o chão
...vontade de sempre voltar, tão fácil lembrar!
Só de pensar nessa sensação de voar...
e, o friozinho na barriga...
Alguns momentos tristes de minha vida
já me senti melhor por lá!
Do que mais gostava?
Gostava de ver do alto
o florir dos jardins, o pólen em voos...
Um amor incondicional pelos astros
pelo vento...tudo que deixa uma borboleta feliz!

Hoje, não tenho mais minha mãe
...há tempos tornei-me mulher
Borboletar agora só intensamente por meus versos!
O tempo vai passando e, dia a dia
descubro mais e mais alegrias que trago comigo
sem nada dizer, subentendido cada voo
Afinal, boa parte daquelas incertezas de menina
deram lugar às intuições ora feminina
Algumas vezes até pressinto...
o que está por vir
com quem...
por que...
onde...
Como?
só sei
que
sei
...
SIGRID SPOLZINO

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