quarta-feira, 27 de maio de 2009


TRIBUTO À DOLORES DURAN

Passem os anos, os séculos...Quanto tempo passe enfim, não importa pois, chegarão ainda, as belas manhãs de mãos dadas a ventos alegres trazidos numa canção de forma descompromissada dando a poesia aquele estilo inconfundível de Dolores Duran.
Um capitulo inesquecível da MPB. Uma mulher impregnada de amor, lirismo, sensibilidade e talento, uma jóia rara denominada por alguns. Aquela que durante sua vida fez o que sabia de melhor - cantar!

Para os simples mortais, um pequeno suspiro de vida que durariam 29 anos apenas, uma partida sem dúvida dolorida a sua, Dolores.
Sabia que se podia escolher? Em francês, italiano ou inglês não tinha pra ninguém, não importava o idioma...
Ah! Sua linguagem era o amor e essa linguagem, todos entendiam bem...
Foi pupila de Ary Barroso e conquistaria cedo um público fiel.
Ironicamente, na noite de sua morte, comentou com alguém que não queria ser importunada, estava muito cansada, naquela noite iria dormir ate morrer...
Um amanhecer dos mais tristes se sucedeu, uma imensa solidão tomou conta de muitos brasileiros, naquele 23 de outubro de 1959!
... Morria Dolores Duran!

Ficará sempre, sempre em nossas lembranças, a sua pureza e carícia, aquele requinte musical que enfeitava suas composições, as manhãs de tantos e, mais ainda, as noites e madrugadas.

Os pinguinhos de chuva sempre nos trarão a tua lembrança, Dolores Duran! De verdade, deixaste imensa saudade e ainda, hoje aquela rosa mais linda que houve junto a estrela primeira que veio adentrando nossas noites, nos lembrará uma criança dormindo e algumas flores se abrindo...
Conforme tua vontade, mãos se encontrarão com ternura unidas por um amor, aquele mais profundo, enfeitando a noite do bem de alguém.

Enfim, respeitando a vontade de Dolores Duran... não choremos meu bem! E, não digamos adeus a esta cantora expoente...

SIGRID SPOLZINO
Recanto das Letras em 27/05/2009
Código do texto: T1616907

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